Crítica sobre o filme "Orquestra do Estado de Mato Grosso: Toca Brasil":

Robson Candêo
Orquestra do Estado de Mato Grosso: Toca Brasil Por Robson Candêo
| Data: 10/09/2008
Criada em 2005 pelo Governo do Estado de Mato Grosso, a Orquestra do Estado de Mato Grosso já tem contabilizado 154 apresentações em 22 estados brasileiros e combinam música erudita com o popular rasqueado pantaneiro, mesmo tendo entre seus integrantes vários músicos internacionais. Esta apresentação foi realizada no Itaú Cultural em São Paulo, instituição que vem apoiando a difusão de obras de artistas e grupos consolidados mas sem expressão nacional. O palco tem uma produção bem feita, e o lugar é pequeno e estava lotado.

O show começa com a clássica "Bachianas Brasileiras No. 9" do maestro Villa-Lobos com a orquestra composta somente de violinos e violoncelos. Em seguida entram os músicos responsáveis pelas violas (incluindo a viola de cocho) para tocarem todos o tango "Lo Que Vendrá" do argentino Astor Piazzolla. Depois de "Sombras" vem o kyrei "Choli" do paraguaio José Asunción Flores e "Alma Llanera" do venezuelo Pedro Gutierrez. Passando para o ritmo animado do Mato Grosso, eles homenageiam Mestre Albertino com um medley e em seguida Tote Garcia com dois rasqueados; depois tem músicas ótimas com a participação de Roberto Corrêa que toca viola de cocho e viola caipira, são elas "Quilombinho", "Cuiabá 2005", "Mazurca Pantaneira" (composição do próprio Roberto), "Chuá-Chuá", e "Araponga Isprivitada" (outra composição dele). Para fechar o espetáculo a ótima "Noites do Sertão".