Crítica sobre o filme "Crônicas de Spiderwick":

Rubens Ewald Filho
Crônicas de Spiderwick Por Rubens Ewald Filho
| Data: 11/08/2008

Este é simplesmente o melhor dos filmes juvenis baseados em livros famosos que surgiram depois de Senhor dos Anéis e descendentes de Harry Potter. 

Superior à Nárnia, Bussola de Ouro e coisas que tais. Aparentemente, por causa do talento do diretor Mark Waters (Meninas Malvadas, E Se fosse Verdade) que sabe conduzir a história com ritmo, humor, fantasia, emoção e efeitos especiais, tudo na hora certa.

Não há duvida que Freddie Highmore (de A Bússola, O Som do Coração, Fantástica Fabrica de Chocolate, ‘Em Busca da Terra do Niunca) é o melhor ator infantil do momento e perfeito para interpretar os gêmeos Jared e Simon (o que faz com um pé nas costas, não literalmente). Eles se mudam com a mãe para uma casa antiga da família Spiderwick, simplesmente porque o pai arranjou outra mulher e não se interessa mais por eles. Viver lá é a única alternativa, coisa que as crianças (tem ainda a irmã adolescente) não conseguem aceitar ou entender. Acontece que naquela casa viveu um parente deles, Arthur Spiderwick (David Strathairn) que conseguiu estabelecer contato com um mundo alternativo de fadas, duendes e criaturas mágicas, mas cometeu o erro de escrever todos os segredos num livro que escondeu na casa mas agora é disputado por todos eles.

Não demora para um dos garotos, o mais esperto, conseguir um jeito de observar essas criaturas e descobrir que a casa tem uma espécie  de proteção formada por pedras mas que a situação é periclitante. Ou seja, sem entrar em detalhes, tudo vai ficando mais difícil e piorando a situação cada vez que ele consegue conversar ou enfrentar cada um daqueles monstrinhos amigáveis ou não.

O fato é que o filme é muito bem construído, sem dar descanso, com uma novidade atrás da outra, sem nunca perder o conflito humano (a mãe que não acredita neles, uma tia que de repente aparece e marca o retorno da famosa Joan Plowright, viúva de Laurence Olivier, retornando ao cinema depois de se restabelecer de um derrame).

Vale a pena assistir com as crianças, ou mesmo, como adulto.