Crítica sobre o filme "Without a Trace - Desaparecidos: 3ª Temp.":

Fernanda Furquim
Without a Trace - Desaparecidos: 3ª Temp. Por Fernanda Furquim
| Data: 14/06/2008
Nos EUA os canais abertos tornam-se conhecidos por um determinado gênero, a NBC, desde os anos 70, ficou conhecida por seus dramas de mistérios e investigações, já a CBS popularizou-se, desde os anos 50, como a emissora que traz as melhores sitcom, ou comédias de situações. É claro que, outros gêneros também são produzidos, exibidos e fazem sucesso nestes canais. Foi o caso de Plantão Médico/ER exibido há uma década pela rede NBC com grandes índices de audiência. Tentando derrubar a série neste horário, a CBS lançou algumas produções que não deram o resultado desejado, até que estreou Without a Trace.

Criada por Hank Steinberg, a série é produzida por Jerry Bruckheimer, também responsável por CSI e Cold Case. A série gira em torno de um Departamento Federal que investiga pessoas desaparecidas. Utilizando-se dos métodos mais modernos de psicologia para traçar o perfil das pessoas que procuram, o grupo de investigadores corre contra o tempo para encontrá-las ou definir qual foi seu destino. Isto porque existe uma margem entre 24 e 48 horas de tempo entre a não localização e o possível desaparecimento de fato. Ultrapassando esta margem, torna-se cada vez mais difícil localizar uma pessoa. Com técnicas de psicologia eles traçam a vida da pessoa, seus familiares, estilo de vida, situação emocional atual e possíveis razões para o desaparecimento. A partir daí, define-se a causa e a possível localização.

A equipe de investigadores é formada por Jack Malone (Anthony LaPaglia), que comanda o grupo; Samantha Spade (Poppy Montgomery), Vivian Johnson (Marianne Jean-Baptiste), Danny Taylor (Enrique Murciano) e Martin Fitzgerald (Eric Close). Menos badalada que C.S.I. a série traz histórias que seguem a mesma linha: a dedicação à investigação com base no que é descoberto em relação à pessoa e sua situação. Ainda assim, a série encontrou uma brecha para conseguir desenvolver o lado pessoal dos integrantes da equipe.

Jack é um homem de família que tenta manter uma boa relação com as filhas. Ele teve um caso com sua colega de trabalho Samantha, o qual já terminou. Jack tem um pai (Martin Landau) que sofre do mal de Alzheimer. Durante a segunda temporada, ele tenta salvar seu casamento planejando mudar-se com sua família para outra cidade. Assim, Vivian ganha seu cargo como promoção. Mas, no último minuto, a esposa e filhas partem sem ele. Agora, nesta terceira temporada, Jack e Vivian passam por um período de reajuste em sua relação de trabalho, já que ele retomou sua função no Departamento e ela voltou a ser sua subordinada. Mas a atenção de Jack está voltada à batalha judicial que inicia com sua ex-esposa para conseguir a custódia de suas filhas.

Enquanto isso, com problemas de saúde, Vivian passa por uma arriscada cirurgia que poderá lhe custar a vida; Martin e Samantha iniciam um relacionamento que trará problemas para os dois; e Danny, precisa fazer as pazes com seu passado e com o fato de que seu irmão cumpre pena na prisão. A temporada termina com um cliffhanger (final aberto), no qual o público fica em suspense em relação ao destino de Danny e Martin, que são atacados enquanto transportam um prisioneiro.

Embora muito do seu sucesso nos EUA se deva ao fato de que, ao final de cada episódio, são exibidos avisos de pessoas reais desaparecidas, a série traz histórias concisas, realistas e com uma boa dose de mistério que valida sua continuidade. Muito embora esteja em seu sexto ano de produção, a série é mais uma produção estável que um sucesso televisivo, já que não costuma figurar em jornais, revistas ou mesmo sites de entretenimento, nem seus atores são “coqueluches†do momento. Sua estabilidade reflete a linha de histórias e o desenvolvimento de personagens que a série apresenta. (Fernanda Furquim – confira seu blog RevistaTV Séries)