Crítica sobre o filme "Bee Movie - A História de uma Abelha":

Rubens Ewald Filho
Bee Movie - A História de uma Abelha Por Rubens Ewald Filho
| Data: 03/04/2008

As férias estão quase começando, o que já justifica a chegada deste novo filme de animação da Dreamworks, que tem uma idéia melhor do que a realização. A sacada deles foi chamar o comediante Jerry Seinfeld para criar uma história a partir do trocadilho (B Movie/Filme B - que eram os filmes mais baratos produzidos pelos estúdios, como complemento de programa. Aqui fazem o trocadilho com Abelha, que em inglês é Bee). Mas mesmo com Seinfeld fazendo o roteiro e a voz do protagonista, esta acabou sendo uma história muito convencional, sem grandes achados ou momentos. É o tipo do filme que se pode ver ou não ver, que não faz diferença.

Embora as crianças possam aprender alguma coisa sobre a importância das abelhas, e o papel que realizam polinizando as flores. O protagonista é um certo Barry B. Benson, que não sabe o que fazer da vida depois de graduado e, numa visita ao mundo exterior, faz amizade com uma humana, dona de loja de flores, com quem ele conversa. Mas, insensatamente, tenta impedir que os humanos produzam e consumam mel.

Há algumas brincadeirinhas engraçadas com a sociedade de consumo, mas quem rouba o filme é Chris Rock, que tem o melhor personagem: um mosquito sem vergonha que, na verdade, deveria ser o astro da história. Particularmente não gosto de Seinfeld, nem do ator nem da série de TV, e acho que ele resultou especialmente sem graça, transformado em animação. (Rubens Ewald Filho na coluna Clássicos de 10 de dezembro de 2007)