| Data: 02/10/2007

A Zoo TV tour, foi um marco na carreira do U2. Nela a banda faz um som bem mais eletrônico, com uma parafernália visual, e críticas ao Sistema o tempo todo. Lançado originalmente em VHS, agora está disponível no formato digital em uma edição simples (esta aqui analisada) ou uma dupla com vários extras. Nesta turnê, a banda deu o último passo que precisava para ser conhecida por todo o planeta em um mega espetáculo. O palco é enorme e ao fundo, vários telões de diversos tamanhos mostram imagens diversas que ficaram na história mundial, e muitas frases de impacto como "Você pode mudar o mundo", esse palco procura mostrar a era da TV a cabo e a massificação da mídia nos anos 90. Bono se apresenta com um óculos que o faz parecer uma grande mosca e comanda o espetáculo com maestria, cantando grandes sucessos, músicas novas e também dando um show à parte. A banda dispensa qualquer comentário, pois são todos grandes músicos e não é a toa que é o grupo mais famoso do planeta atualmente. A filmagem é bem dinâmica buscando captar bem tudo que está aparecendo nos telões e ainda as cenas que Bono vai capturando em uma handycam.

O show começa com "Zoo Station" e "The Fly", músicas do CD Achtung Baby, que era o lançamento da época; Em seguida vem as que seriam grandes sucessos "Even Better Than The Real Thing" e a (agora) clássica "Misterious Ways" onde nesta última Bono traz ao palco uma odalisca para "enfeitiçá-lo". "One", a linda canção romântica do álbum que até hoje faz sucesso, é a próxima, seguida pela clássica "Unchained Melody", aliás um momento raro pois o U2 não costuma gravar nem tocar em seus shows, músicas que não sejam deles. A próxima canção "Until the End of the World", também era do novo álbum e nela Bono simula um cena de sexo com a câmera que estava de frente a ele e age como se estivesse drogado. Na sequência uma clássica do grupo, a ótima "New Year´s Day" que é seguida por "Numb", uma canção bem eletrônica do álbum Zooropa que tem o vocal de The Edge. Então vem a segunda parte do show, onde a banda se dirige para um pequeno palco no meio do público para fazer algo mais intimista com grande participação da enlouquecida audiência, iniciando com "Angel of Harlem", seguindo com "Stay" e finalizando com um momento incrível onde Bono, acompanhado somente do violão de The Edge, canta "Satellite of Love", música de Lou Reed com o próprio Lou Reed no telão fazendo o vocal com o vocalista. De volta ao palco vem a terceira parte deste espetáculo, começando com "Dirty Day", passando para a excelente "Bullet The Blue Sky", sendo que esta última por mais pesada que seja, é uma canção com um letra bastante profunda e muito crítica. A ótima "Running to Stand Still" é seguida por uma das mais famosas da banda, a clássica "Where the Streets Have no Name" cuja introdução arrepia qualquer fã; por falar em arrepiar a próxima não fica muito atrás, a excelente "Pride", outro grande hit do U2, e nesta apresentação eles mesclam um discurso de Marthin Luther King no meio da canção. A banda então sai do palco e na volta, Bono fica no camarim, onde vestido de diabo canta "Daddy´s Gonna Pay For Your Crashed Car" com transmissão nos telões, até a volta dele ao palco no meio da canção; antes de cantar a próxima, Bono (vestido ainda de diabo) faz um pouco de teatro completando suas críticas ao sistema. "Lemon" é a próxima música, seguida pela linda "With or Without You", outra música conhecida por todos que dispensa comentários. O show está terminando e (não por acaso) vem a última canção do álbum novo "Love is Blindness", onde no final, uma fã sobe ao palco para abraçar Bono e ele dança com ela e termina a música com a garota grudada nele (quem sabe daí surgiu a idéia dele puxar uma fã para o palco nos shows que sucederam a este?). Fim de show, a última música é a clássica de Elvis Presley "Can´t Help Falling in Love".