O mesmo diretor de Daredevil - o Homem sem Medo e que também escreveu Elektra e Dois Velhos Rabugentos, Jack Frost retorna agora com nova adaptação de uma historia em quadrinhos, mais cult que popular. Que foi sucesso nos EUA (esta perto dos 100 milhões) apesar de criticas negativas. Vai ver eu estava num bom dia porque o filme não me incomodou. Assisti com facilidade, gostando de algumas sacadas de elenco (como colocar Peter Fonda como o diabo) e sem deixar Nicolas Cage incomodar (dizem que ele é velho demais para o personagem mas como é louco por quadrinhos insistiu em fazer o filme. Não atrapalha porque no começo é substituÃdo por um jovenzinho e depois em todas as cenas de ação seu rosto é substituÃdo por uma caveira flamejante!).
A historia até que é bastante complicada e pretende ser uma paráfrase aquela lenda em forma de canção que é Ghost Rider of the Sky, sobre os cavaleiros fantasmas que andariam pelo Velho Oeste. No caso, é sobre um certo Johnny Blaze que muito jovem vende a alma ao diabo para salvar o pai doente. Mas como não se brinca com o diabo , este provoca a morte do pai e o faz mudar de cidade, esquecer a mulher que amava e mudar de vida, se apresentando em truques com motos cada vez mais incrÃveis (já que ele é imortal).
Anos depois a mocinha virou Eva Mendes (uma atriz sempre fraca, nunca à vontade) e trabalha como repórter de teve. Johnny virou um sujeito estranho e solitário, mas que é forçado a atender o pedido do Diabo e enfrentar um filho rebelde dele, Coração Negro (o retorno de Wes de Beleza americana). É quando finalmente entra em ação o Motoqueiro Fantasma, com um moto em chamas (além da cabeça que eu já mencionei que na verdade é o ponto alto do filme).
Dali em diante a ação é continua, bem humorada, altamente digital e sempre competente. Não sou especialista no assunto nem em heróis da Marvel. Mas sai do cinema satisfeito. (Rubens Ewald Filho na coluna Clássicos de 30 de março de 2007)