Crítica sobre o filme "Noite no Museu, Uma":

Edinho Pasquale
Noite no Museu, Uma Por Edinho Pasquale
| Data: 04/06/2007
O filme foi um sucesso de bilheteria nos EUA (rendeu mais de US$ 250 milhões, custou 110). É com Ben Stiler. É feito para crianças. Tem ótimos efeitos visuais. Isso te lembra alguma coisa? Com certeza podemos buscar na nossa memória alguns filmes que tem estas mesmas características. E que na verdade também nos remete ao mesmo comentário: muitos vão adorar e outros, odiar. Frase clichê? Sim. Afinal, estes blockbusters são por si só um apanhado deles. Juntando tudo, há bons momentos, principalmente porque o elenco de convidados é genial, seguram bem a fraca direção de Levy (de Pantera Cor de Rosa e Doze É Demais - estas credenciais já explicam muita coisa...). O filme mistura aventura com comédia de pastelão, mas há boas sacadas, como alguns personagens, principalmente o de Robin Williams, como irresistível estátua do presidente Theodore Roosevelt. E o trio Dick Van Dyke, Andy Rooney e Bill Cobbs (os seguranças que Stiler irá substituir) reforça a tese que os “coadjuvantes†são os mais interessantes competidores com a computação gráfica e seus efeitos especiais.

Para variar, os amigos de Stiler também estão presentes: Owen Wilson faz uma ponta. Ou seja, como em qualquer filmes dele há de se desligar um pouco o cérebro e curtir. Mas como esta aventura é mais voltada para as crianças, os adultos e adolescentes que gostam do humor mais grosseiro talvez o rejeitem. Para os que gostam de citações e paródias de outras fitas, aqui se tem várias, desde o letreiro (Todo Mundo em Pânico) até outros filmes (King Kong, Jurassic Park, a dança do próprio Van Dyke em Mary Poppins, o trocadilho com Aladin – Robin Williams fez a voz no desenho e até com Segredos de Brokeback Mountain).

Resumo: o que poderia ser uma ótima idéias, acaba se transformando num filme cheio de situações previsíveis (um roteiro fraco), com um elenco que acaba sendo o grande atrativo, acompanhado dos bons efeitos especiais (um dia tanta computação gráfica e seus efeitos irão cansar – se é que isso já não aconteceu). Como as crianças gostam de repetições e aqui se tem algum movimento que podemos chamar de aventura, dá pra ser assistido por adultos que não se incomodem em apenas gastar duas horas do seu tempo de vida. São duas horas MESMO, pois o esquecerão assim que desligarem o aparelho de DVD.