Crítica sobre o filme "Cirque Du Soleil - Corteo":

Robson Candêo
Cirque Du Soleil - Corteo Por Robson Candêo
| Data: 29/01/2007
Não é a toa que o Cirque Du Soleil redefiniu o circo mesclando apresentações tradicionais, com números inovadores e aliado a tudo isso, apresentações musicais e produções magníficas.

O espetáculo Corteo mostra o enterro de um palhaço que começa com ele deitado em sua cama enquanto pessoas choram sua morte, mas ao mesmo tempo ele levanta, cumprimenta pessoas e deita novamente, como se estivesse em um sonho. Tudo tem um ar abstrato, onde quem assiste pode chegar a várias conclusões diferentes. Após essa abertura é que são feitas as apresentações, sempre mescladas a um toque de bom humor, mas o palhaço e esse abstratismo aparecem durante todo o resto do espetáculo.

O Cirque du Soleil é especialista em números diferentes, como o primeiro em que acrobatas penduradas em candelabros gigantes giram com incrível facilidade de todas as maneiras, ou um grupo vestido de pijamas que pula em duas camas como se fossem crianças brincando, mas na realidade fazem acrobacias muito legais. Tem um número interativo com o público em que uma anã pendurada em balões de gás hélio flutua em meio a todos e conforme ela desce, os espectadores a empurram de volta para cima; e tem também um malabarismo com uma escada que também é muito bem bolado. Até no tradicional número do trapézio eles conseguem ser diferentes, sendo que aqui foi feito sem o trapézio, e os artistas lançam suas colegas somente com os braços e aqueles que são lançados se utilizam da rede para chegar ao outro lado, isso quando o lançamento não consegue levar a trapezista ao outro lado de uma vez só. No final tem um número com barras fixas em que eles fazem malabarismos complicadíssimos. Agora legal mesmo é ouvir o número em que o maestro assovia músicas clássicas de uma maneira perfeita.