Crítica sobre o filme "Rory Gallagher: Live at Montreux (Duplo)":

Robson Candêo
Rory Gallagher: Live at Montreux (Duplo) Por Robson Candêo
| Data: 07/07/2006
Rory Gallagher é um dos melhores guitarristas que já surgiram. Ele entrou para a primeira banda em 1964 e estendeu sua carreira até seu falecimento em 1995. Ele se apresentou cinco vezes no Festival de Montreux e este DVD faz um tributo a esta lenda da guitarra, trazendo músicas das quatro primeiras apresentações e o show completo da última delas em 1994. O estilo de suas músicas mescla blues, rock e folk e a maioria tem letras que o próprio guitarrista canta com boa voz. Notem que Rory toca um fender stratcaster que o acompanhou em toda a sua carreira, e já estava um bagaço já na primeira apresentação. Mesmo assim ele não se desfez dela e está com ela no último show em Montreux, 20 anos depois.

A primeira parte traz cinco músicas da apresentação de 1975, com destaque para a útlima delas “Laundromatâ€, onde Rory, acompanhado de baixo, bateria e piano, fazem um som incrível.

A segunda parte tem seis músicas e traz o cantor com os mesmos músicos e destaco aqui “A Million Miles Away†que é bem lenta e chega lembrar algumas músicas do Pink Floyd.

Na terceira parte em 1979, Rory tocou com o mesmo baixista, Gerry McAvoy que ainda vai ficar com ele até o show de 1985. Traz um novo baterista e não tem o piano. O show manteve a qualidade dos anteriores, destacando “Shin Kicker†que é poderosa e cheia de ritmo.

Na quarta parte em 1985, os músicos que estavam com ele ainda eram um baixista e um baterista. Destaco aqui a ótima “Banker’s Bluesâ€, um ótimo blues onde Rory tocou violão, acompanhado de uma harmônica.

No show de 1994 que está no segundo DVD e é completo, Rory traz a formação baixo, bateria e piano, acompanhados de sua guitarra, mas são novos músicos. Rory está mais gordo, mas não perdeu nem um pouco a intimidade com seu instrumento. O palco está mais caprichado com destaques para “Tatoo’d Lady†cheia de solos pesados; “I Could Have Had Religionâ€, um blues com um belo solo de harmônica; o excelente medley que teve direito a um duelo da guitarra com o banjo do convidado Bela Fleck e mais um solo de harmônica; o ótimo ritmo de “Ghost Bluesâ€; e ainda ao final, Claude Nobs, mentor do Montreux Jazz Festival, entra no palco para tocar harmônica na canção “I’m Readyâ€.