A maior modificação foi com a trilha musical que incorporou justamente a canção Shall We Dance (titulo americano do filme japonês) de Rodgers e Hammerstein, que foi escrita para o musical O Rei e Eu (e é um dos momentos mais marcantes do filme quando finalmente Yul Brynner sai dançando a polka com Deborah Kerr) e aparece aqui em diferentes versões. Também se mostra o universo dos concursos de danças de salão, mas de forma caricata, lembrando o pioneiro no assunto, o australiano Strictly Ballroom (no Brasil, Vem Dançar comigo). Ou seja, o filme dirigido pelo fraco Peter Chelson (Escrito nas Estrelas / Serendipity / Ricos, Bonitos e Infiéis) porém é fácil de ver, graças a um elenco divertido: tem os três colegas de classe (um deles aquele que vira gay, acho particularmente talentoso, Bobby Cannavale, de O Agente da Estação), a dona do lugar (feita pela veterana atriz da Broadway, Anita Gilette), o colega de escritório enrustido (um papel ingrato para Stanley Tucci), e um papel muito bom, o da veterana Bobbie desperdiçado numa fraca atriz chamada Lisa Ann Walter. Gere continua inexpressivo só que mais velho. Jennifer tem muito pouco a fazer mas é uma figura interessante (claro que exploram seu traseiro, o que ela tem de mais notável) e Sarandon joga o charme.
Custou 40 milhões de dólares, rendeu 57 nos EUA, não é fracasso. E foi abraçado pelo publico feminino, portanto terá longa carreira ainda em Home Vídeo. (Rubens Ewald Filho na coluna Cinemania em 27/12/2004)