Crítica sobre o filme "Chamado 2, O":

Marcelo Hugo da Rocha
Chamado 2, O Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 21/09/2005
A febre das refilmagens por Hollywood de produções japonesas de terror teve o seu pontapé inicial justamente com O Chamado lá em 2002. Arrecadou uma fábula (quase 130 milhões de dólares só nos EUA). Três anos se passaram, e num saldo entre mortos e feridos, na onda de “remakesâ€, chegamos à tão aguardada continuação. Os produtores trouxeram o próprio cineasta japonês, Hideo Nakata, responsável pelo original, para dirigi-la. Mas não adiantou em nada para salvá-la do fracasso entre a crítica e público (na verdade,arrecadou uma fortuna, U$ 75 milhões).

Fora a curiosidade da continuação, ela é fraquíssima e não traz qualquer novidade. Os sobreviventes do filme anterior tentam novamente fugir da maldição de Samara, com raríssimos sustos e suspense quase inexistente. Infelizmente, a fita assassina tornou-se mera coadjuvante, e as situações são tão previsíveis, que é inevitável aquela sensação de “dejà vuâ€. As refilmagens de Dark Water, outra produção do mesmo criador de O Chamado, Kôji Suzuki, e O Grito são bem superiores.

É uma pena, pois faltou imaginação em tudo, inclusive nas locações, já que a heroína retorna – desnecessariamente – ao local onde Samara viveu. Se a idéia era terminar na moda das “trilogiasâ€, o povo irá pensar duas ou três vezes antes de ir ao cinema. Os produtores poderiam dar umas férias para Samara e pensar em catapultar novos escritores do gênero ao invés de copiar o que os japoneses estão fazendo na terra do sol nascente.