Crítica sobre o filme "Cure, The – Trilogy (DVD Duplo)":

Robson Candêo
Cure, The – Trilogy (DVD Duplo) Por Robson Candêo
| Data: 29/07/2003
A banda gótica mais famosa, começou com o nome Easy Cure, fundada por Robert Smith, seu líder em 1976. A banda começou lançando singles em 1978 e conseguiram gravar o primeiro disco (Three Imaginary Boys) em 1979. Novos singles seguiram fazendo sucesso e no final de 1979 a banda já havia passado por duas mudanças de formação, característica que sempre ocorreu na banda.

O estilo da banda é o visual e letras depressivos, com batida acelerada e dançante.

Com o segundo álbum (17 seconds) em 1980, a banda consegue grande sucesso na Inglaterra e faz sua primeira turnê mundial.

O terceiro álbum (Faith) e o quarto (Pornography), marcam a fase mais sombria da banda, com letras tristes e arranjos onde Robert exprime toda sua depressão.

O maior sucesso mesmo veio com o disco The head on the door, com clássicos como In Between Days e Close to Me. Neste disco, bem mais pop, a banda renova seu som.

A coletânea Staring at the Sea, lançada em 1986, conquista o mundo e comemora os 10 anos da banda. Em 1987 a banda tocou no Brasil em uma turnê que assustou o quinteto, tamanha popularidade.

O álbum Disintegration em 1989, parecia marcar o fim da banda. Foi gravado boa parte ao vivo, com arranjos elaborados e extensos.

Em 1992, o álbum Wish levou a banda a sua maior vendagem e execução em rádio e MTV. O Single Friday I´m In Love foi o grande responsável por isso.

A banda tocou no Brasil novamente em 1986 no Hollywood Rock, graças ao abaixo assinado de seus fãs.

Bloodflowers, lançado em 2000 é o último disco, que fechou a chamada Trilogy da banda. Agora nas entrevistas deste DVD eles falam sobre o novo disco que deve ser lançado.

Esta trilogia reuniu 3 discos da banda, considerados por eles como complementares. O show é feito executando todas as músicas destes 3 discos, na mesma ordem em que foram gravadas.

O show foi feito em um lugar grande, lotado. O palco é grande e com uma ótima iluminação que reflete bem o estilo das músicas. Essa iluminação tem um detalhe interessante porque na primeira parte ela é mais sombria, como são sombrias as músicas. Já na segunda e terceira parte, essa iluminação fica mais alegre, seguindo o estilo das músicas.

A filmagem é ótima. São 12 câmeras numa excelente direção, com ângulos diferentes e originais.

A banda toca muito bem, são grandes músicos e o som é denso e vale a pena ser ouvido.

A voz de Robert Smith é boa, ele canta num tom de quem está se lamuriando. As músicas possuem grandes arranjos.

O show começa com o disco Pornography e a música “One Hundred Yearsâ€. A música que me pareceu ser mais conhecida é “The Hanging Garden†e a música “Pornography†encerra muito bem esta primeira parte da trilogia.

A segunda parte mostra canções bem diferentes, mais românticas e com excelentes e bonitos arranjos, a começar pelas introduções. Sem contar que aparecem vários sucessos como “Plain Songâ€, “Pictures of You†e “Lullabyâ€.

Na terceira parte, a banda manteve o mesmo estilo de arranjos da segunda parte. Apesar das músicas não terem sido muito divulgadas nas rádios, elas são ótimas.

Após encerrada a terceira e última parte, a banda ainda volta ao palco para um Bis e toca duas músicas que não fazem parte da Trilogia, com uma guitarra bem mais pesada.