Por Robson Candêo
| Data: 26/12/2002
O Deep Purple surgiu em 1968 com o nome de Roundabound. Foi o vocalista Ritchie Blackmore quem sugeriu que o nome da banda mudasse para Deep Purple, tÃtulo de uma música que sua avó gostava.
Seu primeiro single lançado atingiu o quinto lugar das paradas norte-americanas, sucesso que não se repetiu nos primeiros álbuns.
Após algumas mudanças nos integrantes, a banda então decide gravar um rock pesado que a colocou no primeiro time de rock da época. O auge foi alcançado com o álbum “Machine Head†de 1972, que trouxe os clássicos “Highway Star†e “Smoke on The Waterâ€.
A banda, considerada como um dos grupos mais importantes da década de 71, teve várias mudanças de seus integrantes, sendo que foi um dos grupos que mais trocou de músicos na história do rock´n´roll. Um das bandas mais importantes do hard rock, eles colecionaram grandes sucessos e alguns fracassos retumbantes. Ainda assim o Deep Purple continua vivo e disposta a encarnar o velho espÃrito rock´n´roll em turnês pelo mundo.
Este concerto, escrito originalmente por Jon Lord em 1969, foi um marco na história da música ao unir música “clássica†e “beat†num mesmo espetáculo. 30 anos depois, perdida a partitura original. Marco de Goeij e o maestro Paul Mann se uniram e, com as lembranças de Jon Lord, reescreveram o concerto, nos dando a chance de ver novamente este clássico do rock ao vivo no mesmo lugar.
O show contou com Ian Gillan(vocal), Jon Lord(teclados), Steve Morse(guitarra), Ian Daice(bateria) e Roger Glover(Guitarra Base). Foi feito no Royal Albert Hall, mas aqui não estão todas as músicas do CD duplo.
A orquestra é ótima e a banda toca muito bem, com ótimos solos de guitarra. O público aplaude em pé muitas músicas e ainda faz um coro na última música.
A integração fÃsica orquestra e banda ficou ótima. A disposição da orquestra em forma de degrau permite ver todos os integrantes, e a banda abaixo, bem próxima à orquestra, completa uma visão harmoniosa de todos. Este casamento musical rendeu um excelente som, que tem que ser visto e ouvido para compreender a harmonia gerada por eles.
A iluminação ficou ótima e o jogo de câmeras é muito bom. São tantas as imagens que um multi-ângulo faz falta.
O evento é dividido em três partes. A primeira inclui os convidados especiais, a segunda o concerto para Grupo e Orquestra, e a terceira onde grupo e orquestra tocam as músicas da banda.
O show começa com “Pictured Withinâ€, tocada e cantada suavemente. Uma obra prima com um ótimo piano ao fundo e ótima voz de Miller Anderson.
“Wait a While†segue os mesmo estilo suave com o mesmo piano ao fundo e a ótima voz de Saw Brown.
Ronnie James Dio canta “Sitting in a Dream†ainda no mesmo estilo e em seguida canta “Love is All†que é mais agitada.
Em seguida Ian Paice e sua orquestra de jazz executam ao ritmo do jazz, “Wring That Nick†que é somente instrumental.
“Concerto For Group And Orchestra Movement I†começa totalmente orquestrada, passando para o rock da banda e aà ocorrendo um duelo entre orquestra e banda.
“Concerto For Group And Orchestra Movement II†não possui o mesmo duelo, já mostrando que pode haver uma harmonia entre os dois ritmos e ocorre aqui o vocal da banda.
“Concerto For Group And Orchestra Movement III†tem como destaque a forte presença da percussão com os tambores e pratos da orquestra e um grande solo de bateria da banda.
No final deste triplo concerto, muitos aplausos e cumprimentos entre a banda e a orquestra.
Continuando com o show, agora um pouco mais para o estilo original da banda, é executada sem a orquestra, “Ted The Mechanicâ€
“Watching the Skyâ€, “Sometimes I Fell Like Screaming†e “Pictures of Home†voltam a ter a ajuda da orquestra, esta última é uma música que Gillan comenta da vontade que tinham de executa-la com uma orquestra.
“Smoke on The Waterâ€, o maior clássico da banda, encerra de forma brilhante este espetáculo, com banda, orquestra e todos os convidados tocando juntos.