Por Robson Candêo
| Data: 19/11/2002
Prince Rogers Nelson, nascido em 1959, é um gigante (apesar de seu 1 metro e meio) entre as grandes estrelas.
Ele compõe tanto que os cofres do seu estúdio guardam três vezes mais gravações do que tudo o que ele já lançou até hoje. Prince também assina músicas com outros nomes para ajudar seus protegidos a alçarem carreira. Lembram da música dos anos 80 do conjunto Bangles, “Manic Monday�, foi escrita por Prince que assinou com o nome de Christopher. A música “Nothing Compares 2 U†(presente nesse show) que foi sucesso na voz de Sinead O´Connor também é dele.
Seu primeiro álbum foi produzido por ele mesmo e lançado em 1978, mas foi o seu terceiro álbum em 1980 que deu uma virada em sua carreira. Não foi grande sucesso, mas foi muito elogiado pela crÃtica. Já o álbum seguinte foi o contrário, muito criticado foi um sucesso de vendas, permancendo por 63 semanas nas tabelas dos Estados Unidos.
O filme “Purple Rain†foi lançado em 1984, faturando US$70 milhões.
Prince trocou seu nome em 1993 por um sÃmbolo impronunciável pedindo que não o chamassem mais de Prince. Em maio de 2000 (após ter feito esse show), o artista voltou a ser chamado pelo nome original, de acordo com ele, para se libertar de todas as relações indesejáveis (numa clara menção à gravadora Warner).
O show foi feito nos Estúdios de Paisley Park em Minneapolis, é um ambiente não muito grande, mas estava lotado. O palco não possui nada de especial, com exceção do sÃmbolo que representa o nome do cantor, iluminado e bem grande ao fundo.
O público fica bem próximo ao cantor. Parecem gostar bastante do show, mas não correspondem muito quando Prince pede que cantem as músicas com ele.
Prince, além de bom cantor, toca guitarra e outros instrumentos muito bem, sendo responsável por grandes solos durante o show (na verdade ele toca 23 instrumentos). Ele tem grande presença de palco, dança bastante e tem boa empatia com o público.
A banda é muito boa, tocam muito bem e além de guitarra, baixo e bateria, eles vêm com saxofone e outros metais.
O jogo de câmeras está legal com algumas tomadas rápidas em alguns momentos, congelamento de imagens e slow motion que dão uma variação interessante para quem está assistindo.
Prince entra vestido com uma roupa azul brilhante, um brinco de argola enorme em uma das orelhas... bem, vamos ao que interessa. O estilo dele é bem dançante, com forte influência da música negra, especialmente o R&B e o Hip Hop.
O show começa bastante agitado com “Let´s go Crazyâ€.
“Kissâ€, grande sucesso do cantor, é iniciado com alguns samplers que dão um tom diferente à música.
“Jungle Love†e “The Birdâ€, foram cantadas por Morris Day & The Time.
Lenny Kravitz entra com Prince para interpretar dois sucessos dele, “American Woman†e “Fly Awayâ€. Uma ótima interpretação com solos de guitarra.
“Medley†é uma música sem letra, contagiante, onde Prince mostra sua habilidade com teclados e percussão e a banda mostra todo o seu potencial.
Com uma interpretação muito legal, com dois dançarinos, fumaça, luzes de cor púrpura, vem o maior sucesso do cantor , “Purple Rainâ€. Nesta música, juntamente com uma chuva de papel picado de cor... púrpura lógico, Prince dá um fantástico solo de guitarra, de matar de inveja muito roqueiro famoso.
“The Christ†é uma música sobre Cristo muito boa com um ótimo coral gospel ao fundo. Prince deixa bem claro no inÃcio que não é uma música gospel, mas não dá para não fazer a comparação.
Em “Blues Medley†temos um fantástico solo de Marceo Parker no Saxofone.
Para tocar “Nothing Compares 2 Uâ€, sucesso de Sinnead O´Connorâ€, Prince vai ao piano que está no meio do público. Para isso ele simplesmente deita de costas sobre a platéia e deixa que eles o carreguem até lá. Bem, tocar piano mesmo ele não tocou. Deu alguns acordes e voltou da mesma maneira como veio (carregado pelo público) enquanto Rosie Guines cantava no palco.
“1999 Intro†é uma música eletrônica pura, somente com luz estroboscópica. Já 1999 é a música em homenagem a virada do milênio que encerra este espetáculo com chuva de balões e papel picado na platéia.