Crítica sobre o filme "Tina Turner: Live From Barcelona 1990":

Robson Candêo
Tina Turner: Live From Barcelona 1990 Por Robson Candêo
| Data: 12/09/2002
Anna Mae Bullock, nasceu nos Estados Unidos em 1939. Tina é uma dessas mulheres guerreiras, que conseguiram vencer apesar de todas as dificuldades que já teve na vida, a começar pelo fato de que quase foi vítima de um aborto, motivo este que a levou a não se sentir amada por seus pais.

Tina foi criada pelos avós paternos, após ter sido abandonada junto com sua irmã, primeiro pela mãe e depois pelo pai.

Tina gostava muito de cantar, sendo destaque no coral da igreja. Formou na adolescência um trio com a irmã e a prima. Com 19 anos voltou a morar com a mãe e começou a freqüentar casas noturnas, influenciada pela irmã que trabalhava em uma delas. Tina então conheceu, em uma dessas casas, Ike Turner, líder de um conjunto, que reconheceu o talento da cantora e convidou-a para fazer parte da banda. Tina aceitou e acabou se apaixonando por Ike, indo viver com ele.

A banda, com o sucesso, passou a se chamar Ike and Tina Turner, sendo Ike quem escolheu o novo nome da cantora. Só que a ganância levou Ike a fazer um número muito grande de apresentações muito parecidas, o que acabou resultando em fracasso. Ike culpou Tina por isso e começou a fase de agressões sobre ela. Tina foi vítima da violência de Ike por 17 anos, quando fugiu do marido e retornou a estaca zero.

Tina decidiu então cantar rock´n´roll e com muito esforço voltou ao sucesso, tendo sido considerada a mais sensacional cantora de rock´n´roll do mundo. Emplacou diversos hits, e ganhou em 84 dois Grammys. Seu show de despedida ocorreu em 2000 no Wembley Stadium.

O Show aqui apresentado começa bem quente. No início desce uma escadaria (que parece a lateral de uma pirâmide) sobre o palco, de onde a cantora surge com uma roupa super curta, mostrando sua marca registrada, suas pernas.

O show foi feito para um grande público, bem animado, e não é a toa, pois Tina pula e dança o tempo todo acompanhada de duas bailarinas. É um show de puro rock, bem visual com efeitos de luzes e fogos. A filmagem está boa, com um bom jogo de câmeras.

A banda é boa, toca bem e não deixa a desejar. A voz de Tina é característica, soa nasal e bastante gritada. Ela anima bastante a platéia e canta com muita emoção.

“Typical Male†é o primeiro sucesso apresentado que vem para esquentar ainda mais o início do show.

“We Don´t Need Another Hero†e “Private Dancer†são 2 grandes sucessos, cantados em uma seqüência que dá uma acalmada, já que são músicas mais lentas.

“The Bestâ€, outro grande sucesso, é um dos pontos altos do show que inicia uma série de hits da cantora que vão até o fim do show, que são “I Don´t Wanna Lose Youâ€, “What´s Love Got to Do With Itâ€, “Let´s Stay Togetherâ€, “Proud Mary†e “Better Be Good To Meâ€.

Notem que os créditos finais vêm antes da última música, dando a impressão que o show acabou. Isso enganou inclusive o responsável pelas legendas que acabou não legendando a música final.