Por Robson Candêo
| Data: 12/07/2002
Nascido em Santo Amaro da Purificação no recôncavo baiano em 1942, este filho de Dona Canô não demorou a revelar seus dotes artÃsticos. Fortemente influenciado por João Gilberto e Glauber Rocha, foi no show “Nós, por exemplo†que foram revelados, além dele, Gilberto Gil, Tom Zé, Gal Costa e Maria Bethânia, sua irmã. Todos, com exceção de Bethânia, no movimento tropicalista. Caetano, devido à repressão do regime militar, refugiou-se em exÃlio em Londres em 1969, só retornando em 1971. Sua consagração foi nos anos 90, quando foi considerado como um dos artistas que maior influência vem exercendo na cultura brasileira.
O show foi gravado ao vivo no Metropolitan, Rio de Janeiro em 1995 e deu origem ao álbum Fina Estampa ao Vivo consagrando Caetano como um grande intérprete, não só no Brasil mas em toda a América Latina onde o disco fez enorme sucesso. Este show é formado metade por músicas em espanhol e metade em português. Só uma música não está nesses idiomas que é “Luna Rosa†que está no dialeto Napolitano. As músicas não são muito conhecidas, sendo as mais conhecidas “Cucurrucucu Palomaâ€, “Canção de Amorâ€, “Chega de Saudadeâ€, “O Leãozinho†e “Recuerdos de YpacaraÃâ€.
Caetano toca durante quase todo o show acompanhado por uma orquestra completa, fora os outros músicos. Quanto a sua voz, é necessário algum comentário? Ele canta com muita concentração, mas gosta de dançar e não fica muito tempo sentado. Sua voz é afinadÃssima e muito gostosa de se ouvir, e importante, ele é simpático no palco e se dá bem com a platéia que corresponde muito bem.
O jogo de câmeras é muito bom, a filmagem foi bem dirigida nessa parte, o único porém é que não aparece imagem da platéia em momento algum. O resultado é um show muito bom para quem gosta de ouvir os lamentos espanhóis. Não espere ouvir os grandes sucessos de Caetano porque esse não é o objetivo deste show. Vale a pena pela participação do cantor.